quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A alegria de ser discípulos e missionários de Jesus

Neste encontro com Cristo, queremos expressar a alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviado com o tesouro do Evangelho. Ser Cristão não é uma carga , mas um dom: Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo seu Filho, salvador do mundo.

Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como filho de Deus encanardo e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf Lc 10, 29-37; 18, 25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.
A história da humanidade, história que Deus nunca abandona, transcorre sob olhar compassivo. Deus amou tanto nosso mundo que nos deu o seu filho. Ele anuncia a boa nova do Reino aos pobres e aos pecadores. Por isso, nós, como discípulos e meissionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é ameaça para o homem, que Ele está perto com seu poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantamente nossa esperança em meio a todas as provas. Os Cristãos somos portadores de boa nova para a humanidade, não profetas de desventuras.
A Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes (cf. Mt 9, 35-36). Ele, sendo o Senhor, se fez servidor e obediente até a morte de cruz (cf. Fl 2,8); sendo rico, escolheu ser pobre por nós (cf.2Cor 8,9), ensinando o caminho da nossa vocação de discípulos e missionários. no Evanhelho aprendemos a sublime lição de ser pobre seguindo a Jesus pobre 9cf. Lc 6, 20; 9, 58), e a de anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem colocar nossa confiança no dinheiro nem no poder deste mundo (cf. Lc 10, 4). Na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apostólos aparece a gratuidade do Evangelho.
No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e glorificado pelo Pai, nesse rosto doente e glorioso, com olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação à liberdade dos filhos de Deus, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A Igreja está a serviço de todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.
Fonte:
Documento de Aparecida V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe
Valdelir Rey Monte
Membro do Centro Diocesano de Formação Teológica

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